Quando chegou
O crepúsculo dos mascarados, meu amor,
O crepúsculo dos mascarados, meu amor,
Eu nem pensei
Que eu ainda era rei,
E você ainda era flor.
Chorei, só,
Do exílio em mim.
Só, chorei.
Mas você me veio,
Flor última da tarde
(E eu pensei que as flores eram mortas...),
Reintegrando-me.
Aí sorri,
Desaprendido.
Eu queimei as feridas
Que me destemperavam, sem
Medir meu pranto,
A extensão,
O prejuízo, a perda:
Do cômodo
O amor-próprio que me levou
À rebeldia,
Só isso,
E só.
E você me veio,
Flor última da tarde,
Quando eu pensei que as flores eram mortas...
Só isso.
E só.
(imagem captada do blog joaquinbaldin - ref.: dia internacional do teatro)
2 comentários:
Lindo poema poeta...!
As flores são lindas, pena que duram pouco. Por isso é sempre bom, regá-las e cultivá-las, para que sempre possam ressurgir em outra estação...
Beijos
Ana
Paulo, que lindo poema, que musicalidade e profundidade..."Queimei as feridas que me destemperavam..." ; como precisamos fazer isso, é um processo reflexivo, interno, profundo...
Um grande abraço!
http://divaedevaneios.blogspot.com.br/
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